Papa Francisco e líder ortodoxo fecham acordo para reunificar igrejas, separadas há 960 anos
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| Foto: Tolga Bozoglu/EPA | 
O
 papa Francisco e o patriarca Bartolomeu, sacerdote máximo da Igreja 
Ortodoxa, fecharam uma declaração conjunta pela intenção de trabalhar 
pela reunificação com a Igreja Católica. As duas instituições foram 
separadas há 960 anos, o chamado Cisma do Oriente. A convenção foi 
realizada neste sábado, durante a visita do pontífice católico à 
Turquia, onde se localiza à sede da Igreja Ortodoxa. 
Os
 dois líderes religiosos se encontraram na Mesquita Azul, em Istambul. 
Na cidade, o papa participou da festa de Santo André, patrono dos 
ortodoxos e que simboliza o vínculo entre as duas entidades, já que era 
irmão de São Pedro, considerado o primeiro papa. Segundo o sacerdote 
argentino, a Igreja Católica "não pretende impor nenhuma exigência, 
exceto a profissão de fé comum" e garantiu que as tradições e ritos 
ortodoxos seriam mantidos em caso de uma reunificação. 
"Não
 se trata de submissão nem de absorção, mas sim da aceitação de todos os
 dons que Deus tem dado a cada um", pontuou. Bartolomeu também sinalizou
 que deseja o diálogo para para “retirar os obstáculos acumulados 
durante um milênio". De acordo com o porta-voz do Vaticano, Federico 
Lombardi, a soberania do papado não foi objeto de debate neste encontro e
 o assunto será discutido por uma comissão teológica formada pelas duas 
igrejas. A subordinação ao papa foi questionada pelos ortodoxos e 
culminou na separação em 1054. 
A igreja Ortodoxa tem atualmente cerca de 300 milhões de fiéis e a Católica, 1 bilhão
 
 
 
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