Diretoria da Petrobras foi alertada de desvios

Defendida pela presidente Dilma Rousseff, a atual diretoria da 
Petrobras recebeu diversos alertas de irregularidades em contratos da 
estatal muito antes do início da Operação Lava-Jato, em março deste ano,
 e não apenas deixou de agir para conter desvios que ultrapassaram 
bilhões de reais como destituiu os cargos daqueles que trabalharam para 
investigar as ilicitudes e chegou a mandar uma denunciante para fora do 
país.
As irregularidades foram comprovadas através de centenas de 
documentos internos da estatal obtidos pelo Valor Econômico. Elas 
envolvem o pagamento de R$ 58 milhões para serviços que não foram 
realizados na área de comunicação, em 2008, passam por uma escalada de 
preços que elevou de US$ 4 bilhões para mais de US$ 18 bilhões os custos
 da Refinaria Abreu e Lima e atingem contratações atuais de fornecedores
 de óleo combustível das unidades da Petrobras no exterior que subiram 
em até 15% os custos.
As constatações de problemas nessas áreas foram comunicadas para a 
presidente da estatal, Graça Foster, e para José Carlos Cosenza, que 
substituiu o delator Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento e
 é responsável pela Comissão Interna de Apuração de desvios na estatal.
 
 
 
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